quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O dia em que eu fui de uma cidade à outra...de bicileta

Todo mundo já fez uma cagada ou burrice colossal na vida, e com um ser bizonho feito eu não seria diferente, né?
Estávamos no mês de outubro e no litoral já fazia um puta calor infernal naquele domingo infeliz depois de comer aquele macarrão com frango que muita gente come nesse dia.
Uma hora depois do almoço o tédio já batia no meu pobre coração. Assistir A Turma do Didi é algo um pouco idiota para se fazer em um domingo, não acham?
O engraçado é que geralmente nesse dia as pessoas querem mais é coçar os bagos fazendo nada mesmo, mas eu não, para variar quis dar uma de do contra e necessitava fazer algo, a ociosidade não me deixava relaxar. Levantei da minha cama e fui até o quintal contemplar a beleza daquele céu poluído cheio de urubu que a vista da minha casa me proporcionava. Olhei no barracão e vi a minha bicicleta que eu já não usava mais há séculos, então tive a idéia de dar um rolê com ela.
Sai e fui embora, o calçadão da praia lotadaço, chapado de farofeiros como de costume. Lembro que a parte mais cheia era uma Vila que tinha uma estátua da Iemanjá. Além dos farofeiros insuportáveis, ainda tinha um puta cheiro de vela e um pessoal vestido de branco. Um senhor me parou e disse:
- Meu jovem, caso não saiba a prefeitura quer demolir essa estátua de nossa Iemanjá...
Nessa mesma hora eu estava pensando: "Nossa" Iemanjá?!, Tá, e daí que ela será demolida?!
Então não demorou muito e aquele senhor me deu um papel pedindo para eu assinar o abaixo-assinado para ela continuar lá...Claro que não assinei, respeito a religião dos outros, mas eu tenho nojo dessas merdas de umbanda, candomblé e afins. Ele não esperava, ficou com uma cara de ânus que me deu até vontade de rir.
Continuei pedalando...pedalei mais um pouco...e mais um pouco...continuo pedalando.
O engraçado dessa cidade é que a única parte dela que é digamos assim "povoada" é o centro e o sentido contrário no qual eu estava indo (eu até gostaria de citar nomes de bairros, da cidade, mas não posso devido a outras histórias que tenho, é importante manter minha identidade por enquanto hehe), eu vejo que o calçadão estava ficando cada vez mais ermo e eu pensando nas coisas da vida nem fui me dando conta, depois de uns 5 minutos fora de mim, noto que eu sou o único naquela merda de calçadão, mas mesmo assim prossigo. Aquela parte da cidade na época parecia cenário de guerra que havia acontecido. O mar sujo com umas cores meio amareladas, o calçadão todo esburacado, as casas todas velhas e abandonadas destruídas. Nesse momento eu fiquei pensando o quanto de ladrão que não poderia ter por ali escondidos por aquelas casas horrorosas. Se aquilo fosse um jogo de video-game, com certeza seria Resident Evil devido ao aspecto ermo. E eu lá, pedalando pensando na vida.
Quanto estou mais ou menos no 9º KM eu ouço um barulho infernal, olho para o horizonte e tento usar minha visão de Exterminador do Futuro para poder ver o que está acontecendo, olho até onde meu campo de visão consegue e nada. O barulho tá ficando cada vez mais perto. Quando eu chego perto uns 290 metros percebo que o que está rolando é um show de Black Metal. Se você não sabe o que é Black Metal pesquisa no Google e procure por bandas do gênero e irá se assustar. Para você ter uma idéia, os caras, mesmo naquele calor de 37 graus estavam todos de preto, com jaquetas de couro, aquelas calças pretas apertadas que se peidar ela pega fogo e rasga...Eles pintam a cara de branco e passam maquiagem preta nos lábios e nos olhos, o que dá a impressão olhando de longe que na verdade você está vendo um bando de ursos pandas. A música Black Metal é horrível, eu tive a impressão de naquela area erma ter entrado em uma outra dimensão imperceptível aos olhos humanos e ter parado direto no inferno. Os vocalistas desse tipo de música usam sintetizadores, que são aparelhos que modificam a voz, dando um aspecto diabólico dando gritos agonizantes e gulturais. Naquele momento eu pensei: "Caralho, mermão...Por que uma banda desse tipo escolher fazer um show num lugar como esse?"
Logo depois de uns minutos tive a resposta...Aquilo não era apenas um show comum de Black Metal, mas sim de NSBM!! Você não sabe o que é NSBM? Eu explico:
NSBM = National Socialist Black Metal. National Socialist = Nacional-Socialista = Nazista
NSBM é uma vertente nazista do Black Metal.
Logo no fundo daquele lugar eu avistei bandeiras grandes com a Cruz Suástica e a foto de Hitler. Me senti aliviado naquele dia por não ser negro hehe. Mas eu acho NSBM uma coisa nada a ver, pois misturam satanismo com nazismo, o que é ridiculo, satanismo faz parte da mitologia judaica...Bom, outra hora a gente discute isso.
Quando uma música parou, todo mundo ficou faznendo a saudação nazista e gritando "Poder Branco! Poder Branco!"
A principio aquela cena foi chocante, mas até que fiquei lá assistindo por uns 15 minutos.
Logo depois, comecei a sentir aquela sede dos infernos, meu corpo perdendo água, e a fome já batendo, a roupa enxarcada com o suor, as pernas já pedindo arrego...Cheguei a conclusão que eu era um tremendo boçal, que não havia ninguém mais burro para sair de casa do nada e ir tão longe. Eu já havia pedalado 22 quilometros. Que diarréia brutal eu fiz!
Derepente eu vejo uma placa: "Bem-vindo à xxxxxxxx" Eu só pensei:
"Puta que pariu! Tô fudido!"
Eu estava em outra cidade e já eram 24 KM rodados, tudo vazio, só eu lá pedindo para ser assaltado, fiquei com o toba na mão, confesso. Eu só pensava em ter que enfrentar aquele chão todo novamente. Com a minha visão de x-men pude perceber que havia um quiosque aberto na praia, o cheiro daquela comida "requentada" de uma semana, por incrivel que pareça me deixou com uma puta vontade de ir até lá e comer aquela gororoba que te deixa com caganeira por 5 dias sem parar. Mas naquela hora até comer cocô de cavalo era lucro. Eu chego no quiosque com aquela cara de figurante do campo de concentração do filme A Lista de Schindler e olho o que eles têm para vender. Eu tiro minha carteira e para a minha burrice-boçal, master-bombastic eu tinha 2 reais no bolso. Naquela hora eu tive vontade de ir me afogar no mar. Só dava para comprar uma pequena garrafinha podre de água que custou 1, 75 R$. Eu bebi aquela garrafinha em 5 segundos, senti tanto prazer que achei que teria um orgasmo ali, e quando sinto o gozo brutal de beber aquela água gelada vindo, simplismente a água acaba, desfruto a última triste gota como se fosse a última da terra. Me sobraram apenas 25 centavos, obviamente não daria pra comprar nada.
Nessa hora aconteceu algo que eu não sei explicar como aconteceu. Eu avisto uma puta duma mulher gostosa (desculpe as mullheres que estão lendo esse post pelo meu vocabulário xulo), achei que fosse uma miragem, só faltava eu ver mais 2 iguais a ela, depois um oásis com árvores em volta. A mulher era morena, tinha dois olhos azuis, linda demais. E estava com um micro-biquini. Eu passei olhando para aquele corpo escultural, fiquei hipnotizado, hehe. Quando só sinto uma pancada na roda da frente da minha bicicleta e tomo um tombo lindo de morrer, me ralo todo. E ainda passa um cara dando gargalhadas da minha cara de palhaço. Eu até fiquei com vergonha pensando "Porra, devem ter achado que eu sou um pervertido". O pneu da bicicleta entortou, tava impossível de pedalar, o que me obrigou a ir a 300 metros por hora.
Já faziam 2 horas que eu estava fazendo o caminho de volta, impressionante como a volta parece ser bem mais longa e demorada do que a ida.
Eu avisto um triste vendedor de picolé, desco da bicicleta e saio correndo em direção à ele, inutilmente, é claro, pois nenhum sorvete custa 25 centavos ou menos. Então eu ativei o meu "Cara-de-pau Mode On" e fui até ele...Porra, maluco, o picolé custava 80 centavos. Eu pedi fiado e ele negou, daí eu contei toda a minha trajetória, e, digno de um Oscar comecei a chorar pra valer, para a minha encenação ficar mais real ainda dava aqueles soluços de quem chora e nem está conseguindo falar. Apontei para a roda da bicicleta e disse: "Tá vendo, eu fui assaltado, acha que eu tô mentindo pro senhor, acha? Acha que entortaria a roda só para comprar um sorvete com desconto?". Tadinho do vendedor, ele se emocionou, e me deu 4 picolés, e ainda todos de maracujá para relaxar. Eu sei que o que fiz foi totalmente errado...Em partes era verdade, mas digamos que eu "avolumei" um pouco de mentira na borda da verdade. Mas a minha sobrevivência estava em questão, eu ainda tinha muito o que aproveitar. Eu avistei um orelhão e liguei esperneando para a minha mãe vir me buscar, porém ela havia saído, meu avô pelo telefone ficou extremamente puto por eu ter ido até outra cidade com a minha humilde bicicleta.
Eu fui o resto do caminho inteiro sentado na bicicleta (óbvio, não?) mas de cabeça baixa com os braços apoiados no guidão e a empurrando com o pé bem devarzinho, quase parando.
Cheguei em casa umas 10 da noite e tomei um puta esporro, levei bronca de todo mundo, até da minha vizinha, uma velha chata fofoqueira.
Eu estava quase mijando nas calças, fui ao banheiro e a única coisa que ouviram foi o meu berro. Imaginem só ficar o dia todo no banco da bicicleta, minha uretra estava em chamas, urinar ardia pra dedéu. Eu tava com pavor de beber líquido e ficar apertado para ir ao banheiro, era terrível, fiquei umas duas semanas assim e foi puta de um martírio lazarento, mermão.
Foi aí que tive a certeza de que cabe a mim o título de Mister Boçal, sem dúvida.
Depois demorou uns meses para eu voltar a andar de bicicleta...

Pacto com o demônio no Mercado Livre

Clique na imagem para amplia-la

Caramba, eu sempre me pergunto onde essa merda de mundo vai parar, cada vez tem mais gente sem noção!
Eu achei uma foto de um produto a venda no Mercado Livre, só que têm um pequeno detalhe:
O tal "produto" na verdade é nada mais nada menos do que pacto com o diabo. E ainda observa-se na foto que a pessoa que publicou isso teve 100% de qualificações positivas das que compraram...Totalmente bizarro...Bizarro ao extremo.
Fiquei sabendo que o Mercado Livre tirou a página do ar devido às denuncias que o infeliz sofrera.
Mas pelo jeito isso funciona devido às qualificações positivas...Então já sabe né, se você sofre de amor não correspondido, falta de dinheiro, dentre outros problemas, chame o Lucifer hehehe

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bebê de 27 dedos

Essa é da categoria "Anomalia"ou, se preferir "Bizarro"
Bebê chinês com 27 dedos é operado com sucesso.
Uma criança de 1 ano, que nasceu com 27 dedos (15 nas mãos e 12 nos pés) e havia sido abandonada, foi operada com sucesso na cidade de Changsha, no centro da China, informou a agência estatal Xinhua.
A operação foi realizada no Hospital Popular da cidade, financiada pelo Ministério de Assuntos Civis através de um programa que para ajudar 30 mil crianças abandonadas que sofrem problemas físicos ou psíquicos.
O bebê tinha oito dedos na mão direita, sete na esquerda e seis em cada pé, apresentando um estranho aspecto que, segundo a nota da Xinhua, pode ter sido o principal motivo de seu abandono. Ele também tem deformações nos lábios, língua e genitais.

A informação acrescenta que o bebê podia movimentar "com grande destreza" os 15 dedos de suas mãos, e não mostrava problemas para segurar a mamadeira e agarrar objetos, por exemplo. "Não foi uma operação difícil e o bebê vai se recuperar em duas semanas", afirmou um dos cirurgiões, Liu Hong.
Segundo a agência chinesa, 66 mil crianças vivem em orfanatos e centros de atendimento em todo o país. Aproximadamente a metade apresenta problemas físicos ou psíquicos. Muitas crianças órfãs, que em sua maioria são meninas, acabam sendo adotadas por estrangeiros. Estados Unidos e Espanha são as duas nações que mais adotam bebês chineses. O programa do Ministério de Assuntos Civis só pagou por enquanto operações de parte das crianças com problemas. A estimativa é de que são necesárias cerca de 16 mil cirurgias.

Retirado do site: www.issoebizarro.com

A brincadeira da caneta: Minha primeira experiência com o além e o sobrenatural

Várias pessoas já brincaram dessas coisas idiotas durante a sua juventude, seja da brincadeira do copo; do compasso. da caneta, etc.
Eu tinha 14 anos e estava na oitava série. Tudo aparentemente normal. Os garotos com aquela aparência medonha, como aqueles bigodinhos sebosos no canto do buço, a perna cabeluda e a clássica "asa", típica de jovens nessa idade. As garotas já começavam a ter sua forma mais arredondada, igual de uma mulher, e também é nessa época que você se arrepende de ter dado um pé no traseiro daquela colega feia na sexta série.
Nesse tempo eu não participava de nenhuma "panelinha", eu era o típico "num cheira nem fede", aquele aluno tosco que senta e fica na sua, apenas assistindo a aula. Mas eu me dava bem com muitos da minha turma, sim. A sala era igual a todas as outras de qualquer outra escola comum, tinha as gostosinhas; as patricinhas; os nerds (eu me encaixava nesse grupo apenas em partes, pois eu era uma negação em matemática, mas eles eram com os que eu mais conversava); os manos; os roqueirinhos e acho que era só pelo o que eu me lembre.
Estávamos na aula de ciências, a prof. Ana, que foi disparada sem sombra de dúvida uma das professoras mais feias que eu já tive. Ela era baixinha e gorda, toda esculachada e tinha cara que só tomava banho de sábado, possuía leves pelos faciais espalhados pela sua cara e tinha um óculos com um esparadrapo segurando uma haste (a haste da direita), e a parte esquerda do óculos sem haste. Também a lente de um dos lados estava rachada. Nessa época também eu risquei a profissão professor da lista "profissões que podem dar dinheiro."
As aulas lá eram uma verdadeira zona, alguns acendiam cigarro dentro da sala, xingavam a professora, etc. Numa dessas, não sei o que um dos colegas disse à ela logo no começo da aula que a deixou extremamente chateada, simplismente saiu rebolando com sua bunda branca e flácida rumo à sua mesa e lá ficou. Estavamos conversando eu, o Marcos (o mesmo do episódio da minha bicicleta que foi roubada), o Anderson (amigão também, desde a segunda série), o Bolinha (que recebera esse apelido devido ao seu nome igual ao do personagem do desenho Luluzinha), a Carol (Meu Deus!) e a Ju (na época eu amava a Ju...Impressionante a minha capacidade de me apaixonar por garotas impossíveis, que apenas olharia para a minha cara caso eu tivesse uma anomalia genética que afetasse minha face.

=====PAUSA (deixe-me falar sobre a Ju)=====

A Ju era uma garota perfeita, eu a amava desde a segunda série...Possuía uma pele branca alva, longos cabelos lisos loiros que batiam em sua cintura e estavam sempre perfumados, e dois olhos azuis, os mais bonitos que eu já tinha visto em toda a minha vida em 14 anos. Ela era carismática, inteligente e das poucas vezes que conversamos, eu a consegui fazer rir. Eu adorava faze-la rir, era bom saber que se por um lado eu nunca estaria ao lado dela como companheiro, pelo menos poderia tirar umas risadas de seus lábios. Eu nunca contei a ninguém, na época eu era tímido ao extremo e ainda era BV (Boca Virgem), o que é motivo para ter vergonha quando se está na oitava série. Uma vez a vi com um negão, e aquilo me deixou muito triste, foi como sentar em um porco-espinho sem poder gritar de tanta dor. Meu coração ficou emputecido, como lavas vulcânicas vindas diretamente do inferno. Eu não sou racista, mas odeio negão com loira, não acho nada "charmoso" só porque está "na moda" devido as novelinhas da Globo.
Nunca beijaria aquela boca dela...A única coisa que tínhamos em comum era a brancura total.

=====PLAY (continuando....)=====

Era uma sexta-feira e essas eram as duas últimas aulas, porém ainda teríamos uma aula de ciências de reposição. Um falatório na sala e nós contavámos histórias de casos sobrenaturais vividas por nós ou contadas por familiares e também casos famosos. Eu contava e a Ju ria, eu ficava muito feliz. Até que o Bolinha deu a idéia de fazermos a brincadeira do compasso. O que você acha que meia dúzia de jovens com os hormônios à flor da pele sedentos por aventuras decidiram? Topamos na mesma hora, é claro. Porém, ninguém tinha compasso, e, muito menos um copo...Então tivemos a brilhante idéia de fazermos com a caneta. Eu para dar uma de machão na hora ofereci a minha, mas inexplicavelmente não sei como explicar, todas as minhas canetas sumiram, só me restou uma que meu vô me deu naquele mesmo dia. Era uma caneta bonita, muito bonita, daí na hora para eu não dar pra trás fiz com essa mesmo. A Carol fez todo o tabuleiro e tal...Começamos com a clássica pergunta :
-Tem alguém aí?
- .....

Quando derepente a porra da caneta começou a se mover, foi assustador, eu vi que não tinha como alguém manipular aquilo, pois seria muita coincidência todos produzirem uma certa pressão para moverem a caneta em um mesmo lugar né? Para a nossa infelicidade a caneta se moveu para o "sim". Logo depois perguntamos qual era o nome do espírito infeliz que estava ao nosso lado naquela hora...A caneta foi meio que tremendo até a letra E, depois G, novamente E, e por último U. Na hora eu senti um puta de um arrepio na coluna que terminaria mais para baixo dando aquele impressão que você vai é cagar nas calças. Nunca mais esqueci esse nome "Egeu".
Um momento assustador foi quando o "Egeu" disse que conhecia minha avó que já havia falecido, fiquei espantado...Claro que era mentira dele e ele tava falando aquilo só para injetar o medo e o espanto em minha cabeça.
O tempo estava passando e mais duas pessoas haviam entrado na "brincadeira", a Bruna e o Matheus. Apenas entraram com a autorização do nosso amiguinho camarada.
Nós fomos burros demais, fomos pedindo autorização para entrar mais gente sem nos darmos conta se depois ele deixaria todo mundo abandonar o navio. 40 minutos depois, quando fui ver, a sala toda estava participando da porra da brincadeira. A sala tinha mais 40 alunos, e praticamente entrou 1 colega a cada um minuto! Impressionante! Depois até disseram que ele quem induziu as pessoas a participarem (Malandrão, hein?).
Daí a hora do fim da aula já vinha se aproximando, já era de noite, estavamos no inverno e todo mundo com o toba na mão, foi aí que os primeiros pediram pra sair (Talvez o Capitão Nascimento tenha se inspirado nele hehehe). Mermão, o cara não tava deixando ninguém sair, já tava todo mundo desesperado, todos haviam tremido na base, arregado, como quiser. A sala toda em nossa volta apreensiva, daí eu não aguentei mais, a pressão era imensa...Levantei e dei um dos maiores pití da história, soltei um belo e sonoro "JÁ CHEGA, PORRA, SEU FILHO DUMA PUTAAA", peguei minha caneta novinha e a ataquei no chão, depois fiquei dando pulinhos em cima dela, semelhante com o que o seu Madruga faz com o chapéus...O silêncio tomou conta da sala, todo mundo me olhando com cara de bunda até que eu disse: "Vamo embora, porra, já chega, acabou!" Não sobrou nada da minha caneta e fomos todos embora com o c* na mão. Cheguei em casa e minha mãe perguntou porquê eu demorei então dei a desculpa clássica de adolescente bizonho que apronta: "Trabalho escolar na biblioteca".
Eu não tinha nem coragem de me olhar no espelho, a noite, juro que vi a porta do meu quarto se mexer sem parar, fiquei com um puta medo. Lembro que conversei com meus amigos a madrugada inteira pelo celular...Todos com medo também.
Depois disso, nunca mais inventamos nada, até pensamos durante o 2ºcolegial de continuarmos o que não terminou, mas nem todos estavam lá, muitos haviam se mudado de cidade e de escola.
Confesso que hoje eu toparia continuar com a palhaçada, digo, digo, "brincadeira", afinal, nós terminamos sem a autorização do tal espírito.
Depois disso foram poucas as vezes que me meti novamente nessas coisas, depois posto mais casos aqui.

Pedra no rim gigante

Imagem de um raio-x
A pedra gigantesca



Caraca, dando uma passagem nesses sites bizarros que rolam pela internet, achei o caso de um cara que sofria de pedras no rim, só que essa “pedrinha” na verdade era um puta de uma pedrona gigante...Impressionante!


Putz grilla, isso é seboso demais, como o pobre infeliz agüentou esse ovo de avestruz dentro dele?

Bizarro, simplismente isso.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A primeira vez em que fui assaltado

Para tudo se tem uma primeira vez, e com assaltos não seria diferente, não é mesmo?
Ser assaltado é igual a ser corno: Se você ainda não foi, certamente um dia será. Não há como escapar disso, é algo impossível, ao não ser que você não saia de casa e fique trancado jogando video game o dia inteiro, mas mesmo assim há uma grande chance de algum marginalzinho invadir sua casa.

Lá na cidade do litoral onde eu morava era um inferno, tava cheio de ladrão a ponto de uma pessoa não acreditar na outra se dissesse que nunca fora assaltada.

Eu tinha por volta dos meus 13 anos, e ia de bicicleta para a escola todas as manhãs. A escola nem era tão longe, mas se fosse a pé seria necessário acordar uma hora antes, e eu não tinha grana para ir de busão.
Um vizinho que morava em frente a minha casa num cortiço era um grande amigo meu na época, e a principio íamos a pé para a escola. Eu até tinha uma bicicleta, mas digamos que ela já havia dado o que tinha que dar, eu tinha ela desde os 9 anos e ela parecia mais um triciclo quando subia nela, sem contar no ferrugem e no péssimo estado em que ela se encontrava. Posso até dizer que se ela fosse um carro, seria o do Fred Flinstone, de tão rudimentar que ela estava. Até que eu tive a idéia de comprar uma outra para poder ir à escola, então conversei com o meu avô e ele só me compraria outra caso eu ajudasse numa parte do dinheiro. Aquilo era um grande problema para mim, pois onde eu arranjaria uma certa quantia de grana para comprar uma bicicleta melhor?
Então eu tive a brilhante idéia montando a seguinte equação que nem mesmo Einstein seria capaz de pensar:

CIDADE DO LITORAL = PRAIA = GENTE PRA CARAMBA = CONSUMO DESENFREADO = LATINHAS DE CERVEJA E LATINHAS DE REFRIGERANTE = GRANA, BUFUNFA, CASH, MONEY, PIXULÉ, ETC.

Caso não entendeu eu decidi ir catar latinha na praia para poder levantar uma grana. Mesmo estando já nas férias de julho, o movimento na praia pode ser considerado "bom". Logo no dia seguinte lá fui eu, de camisa regata, short, tênis de esporte e boné. Foi nesse dia que eu descobri que o povo é porco até demais, juntei uma quantidade enorme de latinhas depois de uns 5 dias. Mas daí veio a frustração: Cheguei lá onde se compra latinhas e quem me atendeu foi um senhor meio seboso, tinha umas feridas dentro da orelha, tinha um bafo de cachaça que quase me fez usar uma máscara de oxigênio tamanho era o odor. Ele perguntou:
- O que é que você quer? Qual pergunta mais cretina ele poderia fazer?

Depois ele foi lá e pesou aquela enorme quantidade de latinhas e aquilo só dava uns 10 reais. Fiquei completamente puto e frustrado. No mesmo dia voltei as andanças pela praia. Passaram-se quase 23 dias e já tinha uns 75 na mão. Mas ainda não era suficiente. Daí eu tive outra idéia...Vendi a minha bicicleta de Fred Flinstone e uma prancha de surf que eu tinha lá em casa. Aquilo já dava uns 100 e pouco.
Depois de ver meu sacrifício meu vô percebeu que já tava na hora de liberar o restante da grana.
Fomos na bicicletaria do Seu Joaquim, que por sinal ficava muito longe da minha casa.
O Seu Joaquim era um senhor português muito gente fina, ele era amigo do meu vô há um tempão já. Chegamos lá e eu fiquei perdido, não sabia qual levar, até que o Seu Joaquim com o seu sotaque de português me disse:

- Eshperes aí menino, possuo uma bicicleta que guardashtesh pra ti.
Então ele entrou por uma porta e saiu de lá com uma bicicleta muito foda, foi amor à primeira vista praticamente. Levei a bicicleta e fiquei muito feliz.

Era um sábado, e as aulas já começavam segunda então logo tratei de combinar com meu vizinho e melhor amigo, o Marcos, de irmos de bicicleta para a escola, já tinhamos combinado tudo.
Então logo chegou segunda-feira. Tudo foi bem. Lembro que a maioria dos meus colegas pagaram um pau filho duma puta para a minha bicicleta. Naquele dia a aula pouco importava para mim...A prof. Silvia (lembro até hoje dela, ela era mulata e batia no braço dizendo: "- Meu pai é alemão! Tem o olho azul! Meu sangue é azul também!") parecia estar falando hebraico. Lembro que de onde eu sentava podia-se ver perfeitamente onde as bicicletas ficavam presas.
Passou segunda...Terça...Quarta...Quinta...E então chegou sexta-feira. Não sei porquê, mas acordei com a sensação de que eu iria me foder legal. Fui até meu portão e meu amigo estava me esperando, fomos tranquilamente.
Durante a aula, eu só ficava olhando para o bicicletário, quando derepente vejo um sujeito meio que subindo no muro e dando um visu em todas as bicicletas. Não sei porquê, mas eu tive a impressão de apenas eu ter visto aquela cena. Ele apoiava os braços no muro e falava com alguém lá embaixo. Fiquei meio cabrero, e continuei observando até mesmo na aula de Ed. Física.
A manhã passou rapidamente e eu e o Marcão fomos lá tirar as correntes e os cadeados de nossas bicicletas para irmos embora. Lembro que o sol estava de rachar, minha pele branca de Bruxa Elvira já estava ardendo como brasa. Pegamos nossas bikes e fomos pedalando.
Até hoje eu lembro que nós eramos muito burros, pois eu e ele íamos numa velocidade de 800 metros por hora. Relmente uma idiotice gigante andar assim por aquelas ruas vázias, mesmo o relógio marcando 11:30 da manhã. Eu e ele lá conversando, tranquilão, quando derepente ele olha pra trás e fica branco (O que era meio ímpossível devido à aparência de Cumpade Washington dele), eu pergunto o que houve e antes mesmo que ele responda eu viro minha linda cabeçona para ver do que se tratava. Nós dois, ao mesmo tempo fizemos a brilhante equação que todos os moradores de Praia Grande faziam para perceber um assaltante:

SUJEITO MAGRICELA EM BICICLETA VÉIA + AMIGO MAIS MAGRICELA AINDA NA GARUPA + ROUPAS DA CYCLONE + ÓCULOS DE SOL COMPRADO NO CAMELÔ + CHINELINHO DA STHILL = CORRE QUE É BANDIDO MERMÃO !!!!

Nós começamos a pedalar incansavelmente até a nossa rua. A nossa vantagem era óbvia, éramos menores e mais leves e estavamos cada um em uma bike diferente e as nossas eram mais rápidas. Eles vinham em 2 juntos em uma bicicleta velha, provavelmente a mesma dos tempos em que elas eram daquelas no qual a roda da frente era gigantesca e a de trás minuscula.
Nós conseguimos despistá-los por aquelas ruas vázias. Me sentia num filme policial, só que nesse caso os mocinhos tentando escapar dos chefões. Eu já estava me achando muito esperto, esperto até demais. Quando nos damos conta já estavamos na rua que dá acesso a esquina da minha casa. Na metade da rua avistamos os indivíduos que roubam coisas alheias vindo em nossa direção na maior velocidade, digna de um Alexandre Barros da vida. Nós não tinhamos para onde ir, na hora só pensei: "Fudeu, serei assaltado..." Até que nós fizemos algo que pareceu "suicídio". A tal esquina que dava acesso a esquina da nossa rua estava há uns 550 metros de nós e uns 300 deles. Usando as leis da Física pudemos inacreditavelmente perceber que se triplicassemos nossa velocidade conseguiriamos dobrar a esquina antes deles. Óbvio que aquilo foi uma idéia digna de Chapolin Colorado, mas na hora nem pensamos nisso, apenas pedalamos. De fato nós conseguimos virar a esquina primeiro que eles, mas com um "pequeno" detalhe: Nós viramos a rua com eles a uns 7 metros na nossa cola hehe. A rua que viramos era relativamente curta, e logo já veio uma outra curva à direita que já saia a uns 200 metros da minha casa e da dele. Nós viramos e de lá já avistei minha casa, lembro que eu mentalizava a música We Are The Champions, quando derepente numa "arrancada espetacular" digna de uma narração do Galvão Bueno os ladrõezinhos nos alcansam, raspando o pneu da bicicleta fedorenta deles na minha. Quando chegaram mais perto o cara que guiava a bike deles me deu um tapão na nuca que eu desequilibrei e caí no chão, me ralando todo. O que estava na garupa desceu, pegou minha bicicleta e ainda disse "Valeu brow". Senti uma raiva filha da puta naquele momento, fiquei extremamente emputecido. Lembro que eles dobraram a próxima esquina com muita velocidade. Mas eu e o Marcos não desistimos, saímos correndo e quem nos ajudou foi o Alemão, um pedreiro super gente boa que trabalhava numas casas lá da rua. Na mesma hora ele nos colocou à bordo de seu incrivel Fiat 1900 e lá vai bolinha azul celeste metálico. Ele acelerou e lá fomos nós 3 caçar os meliantes. Numa ronda pelas ruas dignas da ROTA, decidimos ir até o outro lado da pista (O outro lado da pista era o setor 3 na cidade, e 99,9999% dos bandidos eram de lá), e seguimos o caminho. Viramos na esquina de uma padaria chamada NS do Amparo e avistamos há uns 150 metros os manés que levaram embora minha bicicleta. É claro que com a velocidade de um carro não tem pra ninguém. Logo nos alcansamos eles, e o Alemão simplismente deu um cavalo-de-pau batendo com tudo na roda da minha bicicleta que estava sob o domínio dos vagabundos. Mermão, foi lindo, além de milagrosamente a roda da minha bike não ter entortado, o mané voou, literalmente! Ele subiu lá no alto e caiu com a cabeça na guia, com tudo! E o outro bandido conseguiu vazar do local. Não sei como ele não morreu, o Alemão ainda disse depois que ele poderia ter pego um processo violento caso matasse o moleque ou até mesmo por agressão física. Ele chamou a polícia e o vagabundo foi preso e minha bicicleta recuperada. Depois de 8 anos eu a venderia por 50 reais :)

FIM

Todas as histórias contadas até agora

O meu medo escroto por baratas

O meu óculos de mergulho profissional

A primeira vez em que fui assaltado

sábado, 10 de janeiro de 2009

O meu óculos de mergulho profissional

A história a seguir é daquelas "traumas de infância", e me deixou muito triste por um bom tempo.

Bom, uma coisa é fato: De todas as crianças que um adulto pergunta o que ela quer ser quando crescer, a maioria diz que quer ser médico, veterinário, jogador de futebol, astronauta e mais uma porrada de clichês infantis. Ah! outra profissão clichê entre os pivetes é "cantor"
Mas eu não, eu era diferente, queria ser mergulhador!
Numa época eu torrei a paciência da minha mãe e do meu avô para eles me comprarem um óculos de mergulho para eu dar umas mergulhadas. Até que esse dia chegou. Confesso que não era nenhum óculos profissional, vinha até com aquele caninho preso ao lado para poder respirar debaixo da água, mas o do meu parecia mais um tubo de PVC pintado de preto que logo na primeira vez em que eu fui à praia com ele e tentei ficar sem respirar eu quase morri afogado. Mas isso não importava pra mim, sei que meu avô e minha mãe deram ele para mim com o maior carinho do mundo, então isso o tornava o melhor do mundo pra mim.

Um dia, uns parentes do meu vô que estavam um tempo sem dar uma visita ligaram pra minha casa e disseram que iriam passar um fim de semana lá para matar a saudade. Até aí tudo bem, pois nem me lembrava deles.
O dia da visita chegou e à primeira vista eles me parecerem mega simpáticos. Tinha um dos sobrinhos do meu vô que no momento não recordo o nome dele, acho que é Mauro, começou a conversar com ele sobre mergulho e então meu avô disse:
-Meu neto quer ser mergulhador, sabia?
-Nossa, não sabia, que legal! Exclamou ele.

Logo depois meu avô me chamou para a conversa e lá ouvi muitas histórias, o Mauro era mergulhador profissional, tinha fotos ao lado de tubarões gigantes!
Conversa vai, conversa vem e ele me disse:
-Pera ae que eu tenho um presente pra você
E logo fiquei pensando do que se tratava...

Derepente ele chega com um puta óculos profissional que ele usava, era importado e era muito bonito, só não tinha aquele negócio preso ao lado para respirar mas isto não o fazia parecer menos profissional. De cara, educadamente recusei o presente, dizendo que era muito caro, então ele argumentou me dizendo que possuia vários, que eram os patrocinadores que lhe davam os óculos de mergulho. Então eu, que sou bobo mas não sou burro coloquei minhas mãos naquele óculos e quase tive um piripaque de tanta alegria. Fui para os fundos da casa e não aguentei a ansiedade, enchi um daqueles barris de água, coloquei o óculos em minhas fuças e coloquei a cara água abaixo. Não via a hora de estreiar esse tesouro no mar poluído de minha cidade.
E isto não demorou a acontecer. Confesso que até me exibia com o óculos. Sempre quando mergulhava ficava imaginando por quantas coisas e aventuras esse óculos já não passou. Eu não gosto muito do termo "óculos", pois logo já imaginam aqueles óculos vagabundos de natação, sim, aqueles que apertam os olhos e os deixa parecendo um sapo pipa. O meu era mais uma "máscara", pois cobria metade do rosto. Lembro que ele era vermelho, todo imponente.

Mas a história ainda não começou, essa foi só uma prévia. Agora é que ela começa:
Era chegado então mais um fim de ano, verão, o calor insuportável que faz até você perder a vontade de dar um barrão no banheiro mesmo que seja a pior dor de barriga que você já enfrentou devido ao clima quente que te faz suar pra caramba. Tirando essa parte ruim, eu achava essa a melhor época do ano, pois minha tia e meu tio e minhas primas sempre iam passar as férias lá onde eu morava, ou seja, no litoral. Eu sempre gostei quando eles passavam as férias lá porque apesar de eu ter primAs elas eram meio "moleques", não que elas fossem meio sapatões, mas sim porque elas aprontavam bastante, então quando juntava todo mundo já viu né. Mas por pouco eles não vão para lá. Acontece que nessa época eles estavam meio sem grana, até que a minha prima Jessica achou uns 800 reais na rua (impressionante como ela tem sorte para achar dinheiro na rua, essa nem foi a primeira vez), e então eles fizeram a viagem tão esperada. Uns dias antes o telefone toca, e era a minha tia:
-Nós estamos indo aí dia 26 de dezembro, ok?
-Ok, estamos esperando por vocês. Respondeu minha mãe.
Até que minha tia completou:
-O primo do Marcos (meu tio), o Rogério vai também e vai levar toda a família dele.

Bom, é claro que nós não iriamos falar que ele não poderia vir, mas acontece que são poucas as pessoas que vão passar as férias de fim de ano em sua casa e te ajudam, eu já estava até vendo minha mãe trabalhando que nem uma filha da puta e os "bunitinhos" sem fazer nada. E nessa época os filhos dele eram dois malas, o Mala e o Malinha (caso não percebeu, são nomes fictícios), e iam lá só para jogar o meu humilde video game (nem playstation era) que minha mãe ainda pagava. Meu vô não gostou muito, pois na família dele eram todos espanhóis e sempre houve uma certa rivalidade entre italianos X espanhóis.
Eu lembro que eu estava no banho quando eles chegaram, só ouvi a gritaria, porque tanta gente junta não deixaria de fazer aquele típico escândalo. Logo de cara a minha prima tava com um saco de supermercado na mão e fiquei curioso para saber o que era...Vou me aproximando, me aproximo mais e simultaneamente vou sentindo um puta de um fedô, quando vejo é o vomito dela, puta coisa nojenta, parecia carne moída, lembrava essas fotos de acidentes de atropelamento no qual as vítimas parecem que foram colocadas numa máquina de moer carne. E minha prima como sempre foi peralta fez questão de pegar o saco nojento (com detalhe para um líquido meio amarelo transparente pingando) e fazer que ia atacar nos outros, ela estava brincando, mas como era meio louca eu saí correndo como se estivesse fujindo de um T. Rex.
O primo do meu tio pareceu ser legal(eu já havia visto ele antes, mas não me lembrava), lembro que na hora que olhei para ele me deu a impressão dele ser um ser híbrido entre o Al Capone e o pinguim do filme do Batman, o Oswald Coblepot. Ele parecia também um ogro igual ao que mostra nesses filmes medievais, acho que o filho dele mais novo, o Malinha, havia puxado mais a ele, pois já parecia mais com o Smeagle. A mulher dele era feia que doía. Era mais branca que não sei o que e tinha um cabelo pixaim e era magra pra cacete, essa já era mais uma mistura da Dona Florinda com a Negra Li.

Logo depois deles terem chegado já estava todo mundo na praia, esta, infestada de farofeiro por sinal. A praia era um inferno nessa época, na água só se via sujeira. Lembro que vi uma fralda que nem parecia a clássica "freiada de bicicleta", aquilo tava mais para uma freiada de Panzer, acho que foi algum adulto que a usou. Tinha até absorventes e camisinhas usadas. Mas algo que me deu mais nojo foi um toboco que estava boiando. Eu lembro que minha prima havia dado um mergulho e quando ela levantou soltou um berrinho. Rapaz, quando eu olho é um puta de um cagaroço gigante que nós nem acreditamos que aquilo havia saído de um ânus normal, a pessoa certamente sofreu para colocar aquilo pra fora.

Os dias foram se passando até que chegou o dia 31 de dezembro, era Reveillon e fiquei praticamente o dia todo sem comer só para detonar o rango quando chegasse a hora. Como de costume, aquela clássica queima de fogos logo à meia-noite começou deixando todo mundo surdo.
Depois da festa, no dia seguinte aconteceu a desgraça.

Era 01 de janeiro e para variar já tava todo mundo na praia. Eu, minha irmã, minhas primas, minha tia e meu tio, Al Coblepot e Florinda Li junto de seus filhos lazarentos insuportáveis frescurentos que comiam pizza de muzzarela sem molho.
A criançada já tava na água. E eu lá, com o meu óculos ultra-mega-plaster-bombástico-profissional que certamente o Indiana Jones aceitaria usa-lo. Eu vi que tinha umas garotas por perto, e como todo moleque idiota que possui a "síndrome do pavão tarado" que só pensa em se exibir para pessoas do sexo oposto, eu decidi ir mais para o fundo e dar aquele mergulho profissional para que as achassem que eu era corajoso. Na verdade não era, confesso que quando eu vi a água já passando o meu umbigo já fiquei com o c* na mão, pois o mar estava bem agitado. Vi uma puta de uma onda vindo e já pensei "É essa!". Coloco o óculos e faço aquela cara de corajoso. A onda vem e eu mergulho. Foi a onda mais brutal que eu ja vi na minha vida, senti até uma leve dor no corpo por causa dela, quando derepente eu percebo que a porra do óculos sumiu! Eu volto para o guarda-sol quase chorando e explico o que aconteceu. Todos vão para a água para verem se encontram o óculos. Claro que fizeram isso só para me animar, num mar daqueles a chance de recuperar o óculos é de 100 em 1 milhão. O desespero já havia tomado conta de mim, lembro que eu já estava la no fundão, quase me afogando pois ali já não dava mais pé. Eu estava vivenciando uma daquelas horas que as pessoas dizem: "Se isto acontecer Deus, eu serei eternamente grato ao senhor", eu só pensava no óculos, mesmo sabendo que as chances de reencontra-lo eram remotas. E eu quase morrendo afogado, indo cada vez mais para longe.
Derepente o milagre acontece. Ouço a Florinda Li gritar numa distância de mais ou menos 70 metros:
-Achei o óculos F.! (F. é o meu nome)Achei!.
Naquele mesmo segundo eu passei a acreditar em milagres, não acreditava que estava vendo meu óculos há alguns metros de mim. Aí que eu quase me afoguei de vez, a emoção era tanta que minhas pernas amoleceram e toda a minha energia que restava se foi. Aquilo já era quase um game-over, se não fosse o fato de ter achado meu óculos. Nessa mesma hora eu não acreditei no que eu estava vendo...
Tente advinhar o que aconteceu, te dou alguns segundos...


PAUSA DRAMÁTICA...


Eu não acreditei. Quando eu olho a Florinda Li estava segurando meu óculos com a mão direita por aquele borracha para prende-lo na cabeça, ainda simultaneamente eu penso o que ela vai fazer, até que ela grita:
-Segura seu óculos, F. !!!

Eu pensei se tratar de um pesadelo, quase apertei meu próprio bago para ver se não estava em um. Derepente ela ataca meu óculos em minha direção. Todos gritam "NÃÃÃO!!". A força que ela atacou foi tanta que nunca iria imaginar que daqueles bracinhos mirrados saíria tanta força. Eu só me concentrava em pegar o óculos. Impressionante como na hora tudo aconteceu tão rápido e relembrando parece que tudo foi em câmera lenta, quase uma eternidade. Eu me senti como o Jordan naquele jogo no qual o time dele perdia por uma diferença de 2 pontos até que faltando pouquissímos segundos para o apito final tocar ele arrisca uma de 3 pontos do meio da quadra. Me veio esta imagem à cabeça. O óculos vindo em minha direção, até que ele chega e esbarra em minha mão esquerda, na hora pensei "Consegui, porraaa!", até que veio mais uma onda brutal que me separou do meu óculos e me levou quase para o razo. Lembro de ter ouvido o Al Coblepot berrar na praia:
-Minha mulher é uma burra! Sua anta patagônica!! O que você tem na cabeça???

Eu me perguntava:
O que faz uma pessoa atacar o óculos para alguém que estava há mais de 40 metros longe quase se afogando? Por que ela não segurou o óculos e esperou para me devolver? Por que aquele povo tava lá, sendo que nem meus parentes eram? Por que minha prima foi achar aquele maldito dinheiro? Por quê?!

Eu cheguei à superfície quase desmaiado. Aos choros. Aquela vaca dos infernos tentou se desculpar. Depois o Al Coblepot disse que me compraria um outro bem melhor e pediu mil desculpas. Passaram-se os dias e eles foram embora. Agora, vocês acham que eles me trouxeram outro óculos? Esperei por anos e nada, nunca mais tocaram no assunto. Isso me deixou extremamente puto e triste, quando eu lembrava da cara daquela bruaca eu sentia vontade de socar a cara mirrada dela.

Depois de superado isso, eu nunca mais quis ser mergulhardor. Depois eu sonhei em ser jogador de futebol, mas essa é outra história e depois conto aqui sobre a escolinha de futebol que eu entrei. Foi muito triste mas hoje eu até dou umas risadas quando lembro.

FIM



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O meu medo escroto por baratas



Tá bom, fica até feio um homem dizer que tem medo de baratas, afinal de contas é ridiculo ter medo de um inseto nojento daqueles, ainda se elas fossem iguais aqueles escaravelhos do filme "A Múmia", tudo bem, mas não, são tão inofensivas!

Mas que a verdade seja dita, pelo menos (chutando alto)uns 75% dos homens têm medo desses insetos, mas obviamente ficam com uma puta vergonha na cara de assumir.
Quando eu era criança eu tinha muito mais medo, acho que isso é de família, uma vez quando minha irmã ainda era um bebê, entrou uma puta duma barata voadora (daquelas gigantes, mas bem gigantes) pela janela, e advinhem o que minha mãe fez? Ela simplismente saiu correndo! É claro que ela tava "certa", se não fosse um "pequeno" detalhe: Ela deixou eu e minha irmã dentro do apartamento, saiu correndo e fechou a porta! Como assim??? Exatamente isso, mermão! Ela nos deixou sozinhos no apto. acompanhados de um ser daqueles, que eu via mais como aquele baratão gigante do filme "MIB - Homens de Preto", faltava muito tempo para o filme ser lançado, mas não sei como explicar, eu tive exatamente essa imagem mais nojenta que a Dercy Gonçalvez fazendo força pra cagar na minha cabeça.
Acho que essa foi a minha primeira experiência com esses seres simpáticos...

Depois que eu fui crescendo eu fui percebendo aos poucos que todas as vezes que eu via uma barata eu sentia aquele medo, mas um medo digno de soltar aquele barrão que saia como os tiros de uma espingarda de um caipira redneck americano.
O mais chato de tudo eram que todos percebiam, uma vez tava toda a família reunida, eu e a primaiada estavamos brincando na rua do clássico "esconde-esconde", eu tava escondido numa esquina de uma rua perto da minha casa, eu lá, concentradão, achando que ninguém me encontraria lá, tava me sentindo um verdadeiro James Bond, quando derepente...quando derepente eu olho no chão no qual eu estava agaichado e lá estava ela, com aquelas anteninhas mais sebosas que aquele cabelo fedorento do Bob Marley! Na mesma hora eu paralisei (era algo parecido com o piripaque do Chaves) e fiquei encarando aquele ser, até que não aguentei aquele medo filha duma puta e saí correndo, mas não tão rápido pois eu tava com tanto medo que tava tremendo mais que um velho com mal de parkinson segurando uma vara verde (favor não maliciar hehehe), na hora cheguei à porta da minha casa e tive uma sensação muito escrota, eu tava feliz por ter chegado à minha tão querida residência, mas não sei porque tava mais triste que ator pornô quando broxa...Abri o portão e fui entrando em casa com o maior cuidado para que ninguém me visse, quando ia abrir a porta do banheiro (não sei porque entrar no banheiro) aparece um convidado do meu tio que eu nem sei quem é! Eu só pensei com a minha mente de criança perturbada: "FILHO DUMA PUTA!", eu nem consegui conversar direito com aquele sujeito, mas logo abri a porta do banheiro e fiquei lá por quase 1 hora e meia. É claro que por um lado isso foi bom, todas as crianças ficaram falando que eu era genial (não vejo onde seja genial se esconder no banheiro). Mas minha mãe percebeu e perguntou porque eu fiquei lá, é claro eu não disse nada, só tivesse que havia me sentido mal.

A minha ultima experiência com baratas foi a mais nojenta. Eu peguei meu material da escola pois precisava estudar para uma prova dificílima de Geometria, daí to eu la, mega concentrado, mais concentrado do que aqueles atores naqueles clichês de filmes estadunidenses no qual para eles desativarem uma bomba de hidrgênio eles devem escolher entre cortar a porra do fio azul ou o vermelho, ou o verde, seja lá qual cor for, eu tô lá, tentando entender como que se calcula a área total de um cubo quando eu percebo um negócio gigante à minha esquerda se mexendo...Dou aquela clássica pausa dramática e vou olhando aos poucos..Quando eu vejo é um puta dum baratão, mermão. O 2ºmaior que eu ja vi (a história do 1º eu conto em breve nesse mesmo post). Eu me afasto e fico olhando para aquele ser medonho...Eu o encaro, ele me encara, daí eu decido matar aquele inseto lazarento que acabou interrompendo a minha concentração. Eu me dirijo até o meu quarto e calço um tênis e saio de lá com o meu chinelo de vovô aposentado na mão direita. Dou uma certa distância da barata e decido encarnar algum Sniper atirador de elite da SWAT. Faço aquela mira clássica na qual você deixa um olho fechado meio que o apertando e o outro aberto, obviamente fazendo a mira para tentar acertar a porra da barata mutante. Eu fico lá achando a hora certa de atirar por uns 2 minutos, quando derepente eu percebo que a hora era naquele exato momento...Eu ataquei meu chinelo de vovô aposentado com uma força brutal..Ele vai girando pelo ar, parecia que tudo estava em câmera lenta. O chinelo já estava se aproximando da barata quando ele acerta em cheio a barata! Eu diria que aquilo foi uma obra de arte, só vejo a barata caindo no chão na certeza que ela havia morrido. Me senti o Mel Gibson no filme "Coração Valente", confesso que na hora até dei um berro para comemorar o meu feito. Derepente, a barata aparece andando pelo chão, aquilo foi mais um fator que me deixara extremamente puto ao extremo, tenho certeza que num raio de 50mil KM não teria ninguém nesse mundo desgraçado mais puto que eu, o Hulk viraria uma aluna de colégio de freira na minha mão, com certeza. A raiva foi tanta que eu saí correndo até onde a maldita barata fedorenta se encontrava e quando chegou mais ou menos perto eu dei um pulo que quase meti a cabeça no teto, e depois pisei com o meu tênis nela com uma raiva jamais vista na minha casa e ainda fiquei esfregando, parecendo mais aquela dança do Axl Rose no qual se têm a impressão de que ele está apagando bituca de cigarro. Feito isso, fiquei pressionando meu pé sem tira-lo do chão, parecia até meio neurótico. Depois eu não acreditei no que eu vi...Eu simplismente vi a porra da barata fedorenta saindo de baixo do meu tênis! Naquele momento tive a impressão de não se tratar de uma barata comum, mas uma barata mutante de outro planeta enviada por ETs para expiarem a terra! Aquilo já me enfureceu mais e pisei sob a cabeça dela, até que derepente a barata explode! Ta bom, não foi uma explosão, mas fez aquele barulhinho nojento e derepente só sinto um líquido mega gelado na minha perna, um líquido verde exército que parecia titica de galinha e misturada com outro líquido branco quase transparente. Aquilo lavou a minha perna, e só se via os "destroços" da barata pelo chão. Corri para o banheiro e lavei minha perna com cloro, confesso que pensei se tratar de um líquido cósmico nojento igual aos que aparecem na Jornada nas Estrelas.

Esta experiência foi nojenta, mas não foi tão assustadora.
A mais assustadora certamente foi uma que me aconteceu há uns bocados de anos, quando eu tinha uns 12 anos e estava na sexta série. Estávamos no mês de maio, e é claro eu tava mais ansioso do que judeu no Bar Mitzvah para assim chegar as férias do meio do ano e ficar 30 dias em casa sem olhar para as fuças daqueles infelizes da minha escola. Até que num belo dia meu avô chega e me diz: "Nessas férias que vão vir, eu vou passar o mês inteiro na casa de sua tia reformando...(nesse inteirim eu ja tava fazendo aquela clássica cara de 'Tá, e daí???')" E então ele completou: "E você vai comigo para me ajudar" Enquanto eu dizia só um "Tudo bem, eu vou" e eu estava aos berros em minha consciência: "PUUTAQUEPARIU" O problema não era não ficar na minha própria casa, mas sim porque a casa da minha tia era um reduto de baratas. Eu rezava para que não chegasse logo esse dia, mas obviamente ele chegou. Subimos a serra levando todos os materiais para a reforma naquele puta frio que sai até aquelas famuacinhas da boca. Chegamos lá e a bagunça era tanta que mal sabíamos por onde começar. O primeiro contato com baratas lá foi quando nós fomos consertar a pia dela e meu avô puxou a parte de metal...Mermão, sabe nesses filmes de suspense quando mostra o inferno, e o inferno é cheio de pessoas se rastejando pelo chão numa bagunça maior que a antiga URSS? Imagine a mesma coisa, só que com baratas, acho que eram umas 200 baratas, sem exageros.
Eu sentado no sofá sempre via uns baratões correndo pela casa, mas a pior parte era a hora de dormir. Eu enrolava ao máximo com as minhas primas para ir dormir, nós ficavamos assistindo uns documentários bizarros que passavam no Discovery Channel, mas daí quando a porra da TV era desligada, não tinha jeito, o negócio era enfrentar o medo. Nessas horas o bizu é dormir sem ficar pensando no que pode acontecer antes de você pegar no sono ou enquanto você está dormindo. Tirando essa parte, essas foram uma das minhas melhores férias, eu sempre gostei muito de minha tia e minhas primas.
Até que lá pela a segunda semana que estávamos lá aconteceu o pior. Depois de muito trabalho ajudando meu avô a pintar a casa, consertar isso, consertar aquilo, etc. Eu fui tomar um banho quente, mas o pior é que lá não é tão quente, não era tão quente que até mesmo dava para ficar batendo queixo de tanto frio. Imaginem tomar um banho com a água morna no frio cruel de São Paulo, numa temperatura de 09 graus! Eu tô lá, tomando meu banho para ir comer a comida da minha tia feita com tanto carinho. Então eu desligo o chuveiro. Tô lá me enxugando com minha toalha de banho do Palmeiras quando eu olho na porta e vejo a maior barata do mundo, acho até que ela daria certinho na palma da minha mão, e não era qualquer barata, era uma voadora, aquelas bem sebosas que ficam batendo as asinhas, no meu ouvido esse barulhinho infernal das asas delas batendo-se uma na outra, soava mais parecido com uma bateria de pedal duplo. Dei aquele clássico piripaque e senti que ia dar uma mega barrão, só que dessa vez não iria parecer como o de uma espingarda de um caipira redneck americano, e sim como o de uma bazuca nazista mais famosa e poderosa de todas, a temida Panzerfaust. Eu dou uma destraída e quando percebo a barata mutante não está mais lá! Olho ao meu redor, olho pro teto, pro chão e nada! Achei que a barata tivesse se teletransportado quando derepente eu ouço a gritaria na sala, então me caiu a ficha que ela saiu pelo buraco que tinha na porta do banheiro da minha tia. Foi uma correria só!

Eu até cheguei a pensar que meu medo fosse exagero, mas tudo foi uma questão de tempo, pois agora que o tempo passou eu nem tenho mais medo desses bichos nojentos...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A idéia em criar este blog

Bom, a idéia de criar este blog veio apenas da idéia de eu compartilhar velhas histórias 100% reais com mais pessoas, eu tenho muitas dessas histórias escritas em cadernos velhos, mas aqui quero conta-las de outra forma. Não faço questão deste simples blog estar entre os mais visitados, muito menos tenho interesse de ganhar dinheiro fazendo propagandas de outros sites.

Este blog além de reunir essas histórias, irá trazer curiosidades, entre tantas outras coisas.